Tempo extremo nos playoffs da NFL: Nzeocha recorda a câmara fria no Lambeau Field

Dois jogos do “wild card” vão provavelmente realizar-se em condições adversas. Está um frio de rachar em Kansas City e a nevar muito em Buffalo. Além disso, há ventos invernosos em ambos os locais. O antigo profissional Mark Nzeocha já jogou o seu jogo de play-off no frigorífico. Não foi bonito. Mas bem sucedido

Frio, mais frio, Kansas City – pelo menos no que diz respeito aos anfitriões dos Wild Card Games da NFL, a cidade dos actuais campeões está a servir as temperaturas mais geladas este fim de semana. Incluindo os ventos esperados, espera-se que a sensação térmica chegue a 31 graus Celsius negativos no Arrowhead Stadium.

Para grande desgosto dos adeptos. Os Chiefs. Mas sobretudo dos Miami Dolphins, que têm de viajar da quente Florida até ao Missouri para assistir ao jogo. “A equipa da casa tem uma vantagem, está habituada ao clima, os jogadores tiveram uma semana para treinar e adaptar-se a este clima”.

O antigo profissional, que jogou nos Dallas Cowboys e nos San Francisco 49ers entre 2015 e 2021, quase sente um pouco de pena de Tua Tagovailoa, Tyreek Hill e companhia: “Depois temos os tipos de South Beach que não estão habituados a este clima. Eles dependem muito do seu jogo de passes, o que é simplesmente mais difícil”.

O jogador de 33 anos fala por experiência própria. Porque na Ronda de Divisão de 2021, teve de jogar com uma camisola dos Niners na geladeira do Lambeau Field contra os Green Bay Packers. “Também estava muito frio. Estava definitivamente mais de -10, talvez até -15 graus”, recorda.

E continua: “Fomos lá como azarões e destruímos tudo. Como equipa da casa, pensamos que temos a vantagem porque treinámos nestas condições durante toda a semana.” Os californianos venceram por 13:10 num jogo entediante com menos de 500 jardas totais.

Nzeocha sobre o jogo com tempo frio: “A rotina foi cumprida”

Nzeocha sublinha que a equipa não fez grandes alterações na preparação: “O treinador Kyle Shanahan não fez grande questão disso. Ele apenas disse que não podemos mudar as condições climatéricas, que estamos aqui para ganhar um jogo de play-off. Portanto, não se preocupem com isso. As coisas são como são. Viajámos para cá normalmente e cumprimos a nossa rotina”.

O jogador de Ansbach acredita que é importante apenas se preparar mentalmente para as condições. E vestir-se adequadamente: “É preciso ter as chuteiras certas, usar meias mais grossas e camisolas de compressão mais grossas para manter a temperatura do corpo quente. Nas linhas laterais, temos as bancadas quentes e as turbinas de calor, ou mesmo os casacos quentes.”

Outra dica do linebacker e special teamer, que vive atualmente no Texas, é: “Se não tiveres o capacete posto, põe-no num aquecedor para que ainda esteja macio por dentro quando o voltares a pôr. Se estiveres sentado ao frio com o capacete posto, as almofadas ficam duras como uma pedra”.

Não se lembra se jogava com mangas compridas nessa altura, mas: “Há muitos tipos que jogam sem mangas, ou seja, sem braços. Depois pomos vaselina nos braços para fechar os poros e não sentimos o frio”.

Por falar em não sentir o frio: isso também se aplica quando se está a jogar. “Depois é secundário”, explica Nzeocha.

Nzeocha recorda Green Bay: “Foi muito fixe “

Nzeocha recorda o jogo não só por causa do frio glacial, mas também pelo seu próprio desempenho: “Foi um dos 3 ou 5 melhores jogos da minha carreira. Foi muito fixe. Foi um ano muito bom para mim, acabámos de chegar aos playoffs e depois ir a Green Bay nestas condições climatéricas extremas e conseguir uma grande reviravolta foi muito fixe.”

São mais as equipas ofensivas que têm de lidar com temperaturas extremas e queda de neve. Eles têm que mover a bola e trabalhar seu caminho em direção à zona final. “Mas, como defesa, é preciso parar a corrida”, explica Nzeocha. Não foi o pior jogo para mim.

A este respeito, os defesas em Kansas City e Orchard Park para o jogo em casa dos Buffalo Bills, provavelmente com neve, contra os Pittsburgh Steelers, que foi adiado para segunda-feira devido ao mau tempo, podem até estar secretamente felizes com o início do inverno.

Tempo extremo nos EUA: “Brincar na neve e no gelo”

As condições adversas também estão a ser discutidas nos EUA, relata Nzeocha: “Se ligarmos a ‘ESPN’ aqui, todos os programas desportivos estão a falar de Kansas City, do frio que pode fazer lá. Dizem que pode até ser um dos jogos mais frios da história da NFL”.

Mas os cancelamentos não são realmente uma opção. “O futebol americano joga-se com vento, tempo, neve, gelo, seja o que for”, esclarece, referindo-se à organização de um jogo, o que torna quase impossível o seu cancelamento a curto prazo.

No caso dos Bills e dos Steelers, no entanto, a NFL já ultrapassou a sua sombra. Embora se preveja que continue a nevar e a ventar na segunda-feira, o jogo será muito mais humano.

Nzeocha não trocaria de lugar com os seus colegas de Kansas City e Orchard Park: “É um jogo de playoff, um grande jogo em qualquer caso. Mas estamos ansiosos por ele? Não, eu não diria isso.”

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10 meses ago
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